terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ideologia




Ideologia
 é um termo que possui diferentes significados e duas concepções: a neutra e a crítica. No senso comum o termo ideologia é sinônimo ao termo ideário (em português), contendo o sentido neutro de conjunto de ideias, de pensamentos, de doutrinas ou de visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas. Para autores que utilizam o termo sob uma concepção crítica, ideologia pode ser considerado um instrumento de dominação que age por meio de convencimento (persuasão ou dissuasão, mas não por meio da força física) de forma prescritiva, alienando a consciência humana.
Para alguns, como Karl Marx, a ideologia age mascarando a realidade. Os pensadores adeptos daTeoria Crítica da Escola de Frankfurt consideram a ideologia como uma ideia, discurso ou ação que mascara um objeto, mostrando apenas sua aparência e escondendo suas demais qualidades. Já o sociólogo contemporâneo John B. Thompson também oferece uma formulação crítica ao termo ideologia, derivada daquela oferecida por Marx, mas que lhe retira o caráter de ilusão (da realidade) ou de falsa consciência, e concentra-se no aspecto das relações de dominação,já o Sociólogo Victor Lopo crê que ideologia é um conjunto de razões no qual se baseiam todas as decisões e pontos de vista de um ser,sendo assim um modo de dominação intuitivo.

O uso crítico do termo ideologia pressupõe uma diferenciação implícita entre o que vem a ser um "conjunto qualquer de idéias sobre um determinado assunto" (concepção neutra sinônima de ideário), e o que vem a ser o "uso de ferramentas simbólicas voltadas à criação e/ou à manutenção de relações de dominação" (concepção crítica). A partir deste ponto-de-partida comum a todos os significados do termo ideologia que aderem à concepção crítica, o que se tem são variações sobre a forma e o objetivo da ideologia. A principal divergência conceitual da concepção crítica de ideologia está na necessidade ou não de que um fenômeno, para que seja ideológico, necessariamente tenha de ser ilusório, mascarador da realidade e produtor de falsa consciência. A principal convergência conceitual, por outro lado, está no pré-requisito de que para um fenômeno ser ideológico, ele necessariamente deverá colaborar na criação e/ou na manutenção de relações de dominação. Ainda, no que se refere às relações de dominação, há diferentes olhares sobre quais destas relações são alvo de fenômenos ideológicos: se apenas as relações entre classes sociais, ou também relações sociais de outras naturezas. Alguns questionamentos neste sentido possuiriam respostas diferentes a depender do autor crítico:
  • Para que algo possa ser concebido como ideológico, deve necessariamente haver ilusão, mascaramento da realidade e falsa consciência? Marx responderia que sim. Thompson responderia que estas são características possíveis, mas não necessárias, para a existência de ideologia;




Indústria cultural, é um termo concebido pelos teóricos da escola de FrankfurtTheodor Adorno eMax Horkheimer. As reflexões acerca desse tema surgiram à partir de uma “cultura industrializada” vista no período do nazismo, pois toda arte produzida era dirigida somente àquele sistema. Já nos Estados Unidos, Adorno vê o sistema da indústria cultural de forma “enrustida” principalmente no entretenimento, e é através docinema, por exemplo, que a indústria cultural se faz presente e nos apresenta uma comunicação de massa, pois neste caso tinha o intuito de “desviar” os olhares da população aos problemas sociais da década de 30.
A indústria cultural, segundo Adorno e Horkheimer consiste em “moldar” toda a produção artística e cultural, de modo que elas assumam os padrões comerciais e que possam ser facilmente reproduzidas. Dessa forma, as manifestações de arte não são vistas somente como únicas, extremamente belas, mas principalmente como “mercadorias”, que incentivam uma reificação (ou transformação em coisa), e a alienação da arte feita para poucos e carentes de uma visão crítica a respeito.
A intenção da indústria cultural não é promover um conhecimento, porque conhecer levanta questionamentos, rompe paradigmas e necessita de novas respostas. Esse sistema incorpora nos participantes uma nova necessidade: a “necessidade do consumo”, geradora de mercadorias próprias para a venda e vinda do capitalismo e desta forma é possível representar e incentivar o produto ao invés doconhecimento. O conhecimento, por sua vez, se torna produto da elite e é sobre esses aspectos que Adorno e Horkheimer questionam quando tratam de indústria cultural. Sobre a forma pela qual as artes e o conhecimento humano são tratadas e se tornaram de fácil manipulação. 
No entanto, falar de indústria cultural levanta também questões sobre a comunicação, a cultura e a manipulação de massas.

Indústria Cultural




Indústria cultural
 (em alemãoKulturindustrie) é um termo cunhado pelos filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), membros da Escola de Frankfurt. O termo aparece no capítulo Kulturindustrie - Aufklärung als Massenbetrug na obra Dialektik der Aufklärung (em portuguêsDialética do Esclarecimento), de 1947.

Enquanto que os termos "cultura de massa" ou "cultura popular" remetem à ideia de que exista uma cultura de elite, quando deveria remeter à cultura produzida pelo povo, ou ainda, para o povo, o conceito de indústria cultural esclarece que os conteúdos artísticos ou culturais pertencentes a uma lógica de mercado, passa a ser, automaticamente, mercadoria. Portanto, o termo "indústria cultural" foi empregado como substituição ao termo "cultura de massa", com o fim de se excluir de antemão a interpretação de que se trata de uma cultura que surge espontaneamente das massas, tal como a cultura popular.
Neste capítulo os autores analisam a produção e a função da cultura no capitalismo. Tendo os autores criado conceito de "indústria cultural" para definir a conversão da cultura em mercadoria, o conceito não se refere aos veículos (televisão, jornais, rádio...), mas ao uso dessas tecnologias por parte da classe dominante para disseminação de suas idéias conformistas e de controle da população. A produção cultural e intelectual passa a ser guiada pela possibilidade de consumo mercadológico com a mais abrangente face capitalista.

Em todos os ramos da indústria cultural existem produtos adaptados ao consumo das massas, sendo por elas que as indústrias se orientam, tendo no consumidor não um sujeito, mas um objeto. Este termo define as produções artísticas e culturais organizadas no contexto das relações capitalistas de produção, uma vez lançadas no mercado, é por estes consumidas.